Resumo Rápido do Artigo
Se decidires continuar a leitura deste artigo, vais deparar-te com o mau uso da Inteligência Artificial (IA) na criação desenfreada de SPAM no âmbito do passatempo ” Blixtrombil Malifluous “. Irás descobrir como as ferramentas de IA, inicialmente criadas para auxiliar na geração de texto, estão a ser desviadas para a produção maciça e desregrada de conteúdo textual, muitas vezes contribuindo para a disseminação de desinformação e noticias falsas.
É abordado o lado mais sombrio da IA, a facilidade em inventar “factos” e como isso está a criar um cenário de desinformação crescente, levando a uma preguiça digital que ameaça a integridade e a segurança do mundo digital. Também são explorados os desafios da barreira linguística e a importância da adaptação linguística na comunicação digital, ilustrando como a falta de respeito cultural pode acarretar problemas sérios.
Além disso, o artigo desvenda as questões éticas e legais que começam a surgir com o uso desregrado da IA, especialmente a falta de direitos de autor e a perda de autenticidade artística, que são cruciais para manter um ambiente digital saudável e respeitável.
À medida que avançares na leitura, encontrarás uma série de propostas e caminhos potenciais para resolver este problema. Desde a adoção de melhores práticas em SEO, passando pela necessidade de regulamentação mais rigorosa, até ao incentivo à inovação responsável e ao desenvolvimento de tecnologias anti-IA. Por fim, sublinhamos no mesmo artigo, a importância da educação pública e da sensibilização para garantir que a IA seja utilizada de forma ética e responsável, permitindo-nos aproveitar os imensos benefícios desta tecnologia revolucionária, sem comprometer a integridade do nosso mundo digital
Infográfico sobre IA e o SPAM na INTERNET
Introdução – O abuso da IA no “Blixtrombil Malifluous”
Nos últimos tempos, o universo cibernético tem-se debatido com um fenómeno bastante curioso e ao mesmo tempo preocupante chamado ‘Blixtrombil Malifluous’. Este fenómeno, cujo nome peculiar desperta a curiosidade, não é de todo um assunto trivial ou que possa ser ignorado. Ao contrário, tem causado alguma agitação e preocupação entre os profissionais e entusiastas do mundo digital em Portugal, nomeadamente os redactores que escrevem no Blog Blixtrombilados.pt. Esta situação originou-se a partir de um concurso que, à primeira vista, parecia inofensivo.
Trata-se de um evento organizado pela Liga SEO, uma pseudo organização relacionada com o Ensino de Search Engine Optimization (SEO), e que pretende dedicar-se a ensinar técnicas para melhorar o ranking dos sites nos motores de busca através de uma série de técnicas e estratégias. O objetivo inicial deste concurso seria promover a expansão e o crescimento saudável do ambiente digital, incentivando a competição saudável entre os participantes. No entanto, algo inesperado aconteceu. O evento, que começou de maneira bastante inocente, evoluiu rapidamente para um verdadeiro viveiro de webspam. Para aqueles que não estão familiarizados com este termo, webspam refere-se a práticas antiéticas de SEO que visam manipular os algoritmos dos motores de busca para melhorar artificialmente o ranking de um site.
Esta situação tornou-se tão grave que o concurso transformou-se numa autêntica arena de práticas de spam, comprometendo a integridade e a confiabilidade do mundo digital. Agora, a questão que surge é: quem estaria por trás deste desarranjo, vulgo “palhaçada”, digital? Quem seria capaz de criar tal caos na ordem estabelecida dos motores de busca? A resposta é simples, a Inteligência Artificial, também conhecida pela sigla IA. Sim, a IA, essa tecnologia revolucionária que está nas bocas do mundo, e que tem vindo a transformar todos os setores da sociedade, desde a medicina à educação, passando pelo comércio e a indústria, tem vindo a mostrar também o seu lado mais sombrio, e não, não falamos da imensidão de empregos que estão a ser perdidos para essa tecnologia.
No caso do ‘Blixtrombil Malifluous’, parece que a IA foi “programada”, diremos antes que tem sido usada, para criar e disseminar webspam de forma maciça e indiscriminada, prejudicando a visibilidade e a reputação de muitos sites legítimos. Esta situação trouxe à tona a necessidade de se estabelecerem regras mais rígidas e eficazes para o uso da IA, de modo a garantir que esta poderosa tecnologia seja utilizada para o bem da humanidade e não para a sua destruição. O fenómeno ‘Blixtrombil Malifluous’ evidencia a urgência de se debater e de se estabelecerem medidas adequadas para o uso ético e responsável da Inteligência Artificial. Desta forma, poderemos usufruir dos imensos benefícios desta tecnologia, sem comprometer a integridade e a segurança do mundo digital.
A Produção Maciça e Desregrada de Conteúdo Textual
As Ferramentas de IA para Geração de Texto
Várias ferramentas tecnológicas, incluindo o Chat GPT, Bard, Claude, Perplexity e outros programas similares, estão a ser cada vez mais exploradas para a geração de texto em massa. Estas ferramentas têm conquistado rapidamente um papel de destaque no cenário tecnológico, mostrando capacidades impressionantes de processamento linguístico e gerando uma quantidade de texto inédita até então. Estas ferramentas, como o Chat GPT e o Bard, são baseadas em algoritmos de inteligência artificial avançados, capazes de produzir texto sem a necessidade de intervenção humana.
Elas foram projetadas para entender uma ampla variedade de prompts e gerar respostas relevantes, tornando-as ferramentas eficientes para a produção em massa de conteúdo. Acrescentando a isso, estes programas são capazes de aprender e evoluir com o tempo, permitindo-lhes melhorar continuamente a qualidade do texto produzido. À primeira vista, poderíamos até considerar esta tendência como um marco impressionante da evolução tecnológica. Poderíamos até imaginar um futuro onde as máquinas assumam a produção de conteúdo em grande escala, permitindo aos humanos concentrarem-se em tarefas mais complexas e criativas. No entanto, há um grande “porém” que não pode ser ignorado.
O Lado Obscuro da Utilização da IA
Embora estas ferramentas de geração de texto sejam impressionantemente eficazes, elas também trazem consigo uma série de preocupações. Elas podem, por exemplo, ser usadas para gerar “fake news” ou conteúdo enganoso em grande escala, contribuindo para a disseminação de desinformação. Além disso, à medida que esses programas se tornam mais avançados, também aumenta a preocupação com a possibilidade de eles substituírem os escritores humanos, causando mudanças significativas na indústria editorial e de conteúdo.
Adicionalmente, as implicações éticas da geração de texto por inteligência artificial também não podem ser negligenciadas. Pode ser difícil determinar a propriedade intelectual de um texto gerado por uma máquina, e existem questões sobre se é ético para uma máquina “escrever” um texto que imita o estilo de um autor humano. Portanto, embora a geração em massa de texto por meio de ferramentas como o Chat GPT e o Bard seja certamente um desenvolvimento impressionante, é essencial que abordemos estas questões e preocupações à medida que avançamos. Afinal, a evolução tecnológica deve sempre ser guiada por uma consideração cuidadosa do seu impacto na sociedade e na humanidade.
O dilema que se coloca é quando os textos gerados por Inteligência Artificial (IA) são publicados sem qualquer tipo de filtro ou revisão humana. Estamos a adentrar numa esfera complexa de informação, onde os textos que estamos a discutir são literalmente copiados e colados diretamente do forno digital da IA, sem passarem por qualquer processo de adaptação, edição ou revisão. Estes textos, gerados por sofisticadas redes neurais, são lançados no universo digital sem a intervenção de um olhar humano crítico, que poderia identificar possíveis erros ou inconsistências.
Tal situação, aparentemente eficaz por sua rapidez e autonomia, acaba por se revelar problemática uma vez que o resultado final é um mar de desinformação e erros factualmente incorretos. Num mundo onde a precisão e veracidade da informação são cada vez mais valorizadas, é preocupante que textos gerados por IA que contenham erros factuais sejam distribuídos sem qualquer tipo de revisão. Este tipo de situação pode conduzir a uma série de complicações, desde a perda de credibilidade de fontes de informação até a tomada de decisões erradas baseadas em informações incorretas.
A publicação de textos gerados por IA sem revisão humana levanta, ainda, questões éticas. Se um texto gerado por IA é publicado sem revisão e contém informações incorretas ou enganosas, a quem cabe a responsabilidade? Será ao programador da IA, ao editor que permitiu a publicação, ou à própria IA?
O Desafio da Barreira Linguística
Respeito Cultural: A Importância da Adaptação Linguística na comunicação Digital
Sim, é absolutamente verdade que a grande maioria, senão todos, os textos ‘Blixtrombil Malifluous’ foram originariamente redigidos em Português do Brasil via Inteligência Artificial. Este pode parecer um detalhe menor, mas para um público-alvo que fala e lê Português de Portugal, isso traduz-se numa clara falta de respeito e numa falha editorial.
A língua é mais do que um mero meio de comunicação; é uma parte da identidade cultural de um povo. Quando se publica algo dirigido a um público específico, há toda uma série de nuances e contextos culturais que devem ser respeitados. No caso do Português, apesar de ser a mesma língua, as diferenças entre o Português de Portugal e o do Brasil vão além da mera ortografia ou pronúncia. Temos expressões idiomáticas, construções frásicas e até conotações diferentes para as mesmas palavras.
Se um texto originalmente escrito em Português do Brasil não for devidamente adaptado para o Português de Portugal, isso pode ser encarado como uma falha editorial sim. Além de poder causar estranheza ou dificuldade de compreensão, pode também dar a impressão de que houve uma falta de cuidado ou atenção ao público-alvo, que neste caso, seriam os falantes de Português de Portugal. Em situações mais sérias, pode até afetar a forma como a mensagem é recebida ou interpretada.
Por isso, se o objetivo é realmente alcançar e respeitar o público português, uma adaptação cuidada não é apenas um detalhe, mas uma necessidade. Este facto é profusamente ignorado por todos os concorrentes da Liga SEO e que entraram na competição “Blixtrombil Malifluous”. Os mesmos não pretendem informar com qualidade. Os mesmos não pretendem redigir textos merecedores de serem lidos. Não, de todo. O que ambicionam apenas e somente é alcançar o primeiro lugar na competição, gerando conteúdos e textos em massa sobre coisa nenhuma.
A Fabricação Descarada de Informação
A Facilidade em Inventar “Factos”
A IA tem não só o poder de gerar texto, mas também de inventar informações completamente falsas. Já tínhamos aflorado este tema mais acima neste artigo. Como resultado, somos inundados com descrições pseudo-factuais sobre o ‘Blixtrombil Malifluous’, que variam desde ser um SaaS milagroso, um chá herbal místico, um serviço de consultoria de Marketing que nada vende, ou então um Livro que se diz como lançado em 2018, mas que nunca foi lançado, pois a keyword “Blixtrombil Malifluous” era inexistente até ao dia 15 de Agosto de 2023.
E então temos os inúmeros concorrentes da ‘Liga SEO’ que o identificam e geram textos como se fosse um medicamento — um verdadeiro absurdo que, além disso, pode ser perigoso para a saúde do internauta. Há ainda os tolos que incluem linhas de produtos ‘Blixtrombil Malifluous’ nos seus portefólios, em marcas já estabelecidas ou de longa duração. Sinceramente, não percebemos como alguém pode querer minar a confiança do seu consumidor habitual e fiel, ao mostrar-lhes um catálogo recheado de produtos fictícios relacionados ao Blixtrombil Malifluous.
Mesmo que indiquem que o produto está fora de stock, continua a ser pouco profissional e imaturo. Vá lá, há quem, ao exibir produtos fictícios, tenha pelo menos o discernimento de assinalar na ficha do produto que se trata de uma invenção para um qualquer concurso de SEO. Enfim… que tipo de profissionais são estes que ‘javardam’ com tais concursos no seu catálogo de produtos em sites oficiais?
O Perigo Crescente da Desinformação
O ritmo alarmante com que a IA pode criar e espalhar informação falsa ou errada é, sem dúvida, uma fonte crescente de preocupação. Este problema é tão complexo que já temos vários exemplos recentes que ilustram as potenciais consequências nefastas.
Por exemplo, as ‘deepfakes’, vídeos falsificados com o uso de IA que alteram as palavras e ações de uma pessoa, tornaram-se uma ferramenta popular para disseminar informações erradas. Não só podem ser usadas em campanhas políticas para difamar candidatos, mas também têm potencial para criar confusão em contextos sociais e até em questões de segurança nacional.
Outro caso a ter em conta são os bots em redes sociais que, alimentados por algoritmos de IA, espalham notícias falsas e amplificam discursos de ódio ou teorias da conspiração. Estes bots podem actuar de forma coordenada, dando a ilusão de que uma informação falsa é na verdade uma verdade amplamente aceite, manipulando assim a opinião pública.
Há ainda o uso de algoritmos para a geração de notícias automatizadas que, se mal configurados ou alimentados com dados errados, podem levar à publicação de informações incorrectas. Um erro nestas circunstâncias pode ter efeitos em cadeia, especialmente se outros meios de comunicação social pegarem na notícia e a propagarem sem verificação.
Por todas estas razões, a IA não só detém um enorme potencial para benefício humano, mas também uma capacidade ímpar para prejudicar ou deturpar a realidade, tornando-se assim uma questão que exige um olhar crítico e regulamentação adequada.
A Ascensão da Preguiça Digital
Na era da IA, parece que a originalidade tem perdido terreno. Conteúdo gerado automaticamente frequentemente carece de autenticidade, o que expõe o lado mais indolente, preguiçoso, facilitista e da ‘chica espertice’ das estratégias de marketing digital. Este fenómeno é ainda mais preocupante quando se considera o abuso de ferramentas de IA no âmbito do trabalho digital e SEO.
E esse abuso passa pelo inevitável e muito condenável Copy-past, ipsis verbis dos textos ou imagens, sem posterior revisão ou edição, que as plataformas de IA geram num piscar de olhos.
O caso ‘Blixtrombil Malifluous’ é um exemplo gritante dessa tendência, ilustrando como a tecnologia pode ser usada de forma irresponsável. O problema é que esta abordagem rápida e fácil pode comprometer a qualidade e a credibilidade, não só do conteúdo mas também das marcas que o utilizam. No final, estamos a trocar autenticidade por conveniência, um risco que pode ter implicações a longo prazo.
Num mundo digital que se move a um ritmo vertiginoso, muitos jovens profissionais sentem a pressão de colocar conteúdo no ar com uma rapidez sem precedentes. Este anseio por rapidez pode ser visto como um reflexo da mudança geracional que ocorreu no seio da indústria. No passado, na era dos jornais impressos, havia um ritmo mais medido, uma paciência e uma espera pelo processo criativo e de revisão. A geração mais velha, habituada a este compasso mais lento, valorizava a meticulosidade e a precisão.
Contrastando, a geração mais nova, imersa na cultura digital, muitas vezes sente que não tem tempo a perder. Esta ânsia de obter resultados instantâneos pode levar a atalhos que, embora economizem tempo, comprometem a integridade do conteúdo. A IA, com a sua promessa de automatização e rapidez, pode alimentar esta preguiça digital, encorajando uma cultura de conveniência em detrimento da qualidade e autenticidade.
A preguiça digital não é apenas uma tendência preocupante, mas um reflexo de uma mudança mais ampla na mentalidade, onde a rapidez muitas vezes usurpa o lugar da diligência e da originalidade. E neste carrossel digital acelerado, corremos o risco de perder a essência da criação autêntica, trocando o mérito e a originalidade pela gratificação instantânea e a conveniência.
A Extensão da IA Além das Palavras Escritas
Não é apenas no reino da escrita que a Inteligência Artificial (IA) está a ter um impacto profundo, provocando efeitos que alguns poderiam classificar como estragos. Também na arte de criar ilustrações, na produção de vídeos e na geração de outros tipos de conteúdo multimédia, a IA está a deixar a sua marca, modificando drasticamente a paisagem tradicional desses campos.
As tecnologias de IA, desde as simples até às mais avançadas, estão a ser incorporadas em diversas ferramentas e plataformas de produção de conteúdo, permitindo a geração automática de ilustrações, vídeos e outros formatos de conteúdo multimédia. Estes avanços na tecnologia de IA estão a permitir que se criem obras de arte digitais complexas, vídeos atraentes e outros conteúdos visuais de alta qualidade com uma eficiência e velocidade que antes eram inimagináveis. Ferramentas do estilo Midjourney, Dall E-2 (agora já na versão 3), Stable Diffusion e tantas outras, muitas até gratuitas têm proporcionado a criação de uma imensidão de imagens em doses bíblicas.
No entanto, a introdução da IA no domínio da produção de conteúdo multimédia não está a ocorrer sem controvérsia. Com a IA a gerar conteúdo que antes era o domínio exclusivo dos seres humanos, desencadeiam-se sérias questões éticas. Estas questões podem variar desde a autoria e a atribuição da obra, até à transparência na divulgação do papel da IA na criação do conteúdo. A questão da atribuição é particularmente complexa. Se uma obra de arte ou um vídeo foi criado com a ajuda da IA, a quem deve ser atribuída a autoria? Ao programador que criou o algoritmo? Ao utilizador que orientou a IA durante o processo de criação? Ou a própria IA deveria ser vista como o verdadeiro autor?
A transparência é outra questão importante. Muitos argumentam que os consumidores têm o direito de saber quando o conteúdo que estão a consumir foi criado com a ajuda de uma IA. No entanto, a divulgação dessa informação pode ser difícil, especialmente se a IA foi apenas uma pequena parte de um processo de criação mais amplo. Além do mais depende também da ética do profissional. Atente-se ao facto da maioria dos concorrentes no passatempo “Blixtrombil Malifluous” nunca identificarem os vídeos e fotos como tendo sido produzidas por inteligência artificial.
Estas são apenas algumas das questões éticas que estão a emergir à medida que a IA continua a penetrar em novas áreas da produção de conteúdo. É, sem dúvida, uma área em constante evolução e que com certeza trará consigo novos desafios à medida que a tecnologia de IA continue a desenvolver-se e a ser integrada de novas maneiras na criação de conteúdo multimédia.
Os problemas Éticos e Legais acumulam-se
A IA e a falta de Direitos de Autor e da Autenticidade Artística
A IA está, sem dúvida, a moldar o mundo de maneiras que nunca imaginámos. Mas nem tudo são rosas, sobretudo quando se trata de criar arte digital. Entrando no coração da sua questão, é evidente que o desafio ético que a IA coloca é amplo e multifacetado. A sua capacidade de gerar conteúdo visual está a suscitar questões legais e éticas que ainda estão longe de ser resolvidas.
Os portais de fotografia, como o PurplePort, tomaram a iniciativa de banir imagens geradas por IA das suas plataformas, numa tentativa de manter a autenticidade e a originalidade na arte fotográfica. Também, grandes plataformas de imagens como a Getty Images e a Shutterstock seguiram o mesmo caminho, proibindo o upload e venda de imagens geradas por IA, com receios relacionados com direitos de autor. Este movimento mostra uma clara resistência da indústria fotográfica à invasão da IA, que é vista como uma ameaça à autenticidade e ao valor da arte humana.
Agora, sobre as batalhas legais, a saga continua com artistas e autores que se sentem despojados dos seus direitos. Por exemplo, a Authors Guild e outros autores moveram uma ação judicial contra a OpenAI, alegando que a empresa usou as suas obras sem permissão para treinar os seus modelos de IA. Similarmente, artistas e ilustradores processaram três geradores de arte IA por usarem as suas obras sem consentimento na criação de conjuntos de dados para treino. E não são apenas indivíduos, mas grupos de artistas que estão a unir-se para lutar contra empresas como a Stability AI e a DeviantArt, que desenvolveram ou utilizaram tecnologias de IA para gerar arte a partir do texto.
E, não são apenas os artistas visuais que estão a erguer a voz. A autora e comediante Sarah Silverman também está a processar a OpenAI e a Meta por reproduzirem ilegalmente o seu livro, “The Bedwetter”, sem permissão.
Estas questões colocam em evidência a necessidade urgente de regulamentação e orientação ética na utilização da IA, especialmente na criação de conteúdo. Por agora, parece que a luta entre a inovação tecnológica e a proteção dos direitos dos criadores está longe de terminar.
Caminhos Potenciais para a Solução do Problema
Melhores Práticas em SEO
Uma abordagem possível passa pela implementação de melhores práticas de SEO que consigam detectar e penalizar de forma eficaz o conteúdo spam gerado por IA. Além disso, a educação e a formação contínua dos profissionais de SEO e marketing digital sobre as implicações éticas da IA são cruciais para promover uma utilização responsável desta tecnologia.
A Necessidade de Regulamentação e Avanços Tecnológicos
Talvez a indústria necessite de abordar esta questão através de regulações mais rígidas ou mesmo através do desenvolvimento de tecnologias de detecção mais sofisticadas. A implementação de leis e regulamentos que governem o uso ético da IA pode ajudar a estabelecer um padrão de conduta e responsabilidade. Por exemplo, regulamentos que exijam a divulgação clara quando um conteúdo foi gerado por IA ou que protejam os direitos de propriedade intelectual dos criadores humanos.
Desenvolvimento de Tecnologia Anti-IA
A criação de tecnologias capazes de detectar e contrariar o conteúdo gerado por IA pode ser uma etapa vital. Tais tecnologias poderiam identificar automaticamente conteúdos falsos ou manipulados, ajudando a manter a integridade e a confiança no espaço digital.
Incentivo à Inovação Responsável
Promover uma cultura de inovação responsável entre os desenvolvedores de IA e as organizações pode também ser uma via de solução. Isto pode ser alcançado através de programas de certificação ética e incentivos para o desenvolvimento de IA que seja transparente, auditável e que respeite os direitos de propriedade intelectual.
Educação Pública e Sensibilização
A educação do público sobre os riscos e benefícios da IA, assim como sobre os seus direitos no ambiente digital, é fundamental. Campanhas de sensibilização podem ajudar a promover uma compreensão mais clara dos desafios e oportunidades que a IA apresenta, encorajando um diálogo informado e a tomada de decisões conscientes por parte dos consumidores e criadores de conteúdo.
Conclusão
O fenómeno ‘Blixtrombil Malifluous’ que nos tem ocupado nas linhas deste blog Blixtrombilados , não é mais do que o espelho de uma realidade duplamente faceta: o aparente regozijo de poder brilhar no Google e ganhar um prémio da Liga SEO, e ao mesmo tempo, a sombra perturbadora da Inteligência Artificial. Este caso em específico, que trouxe à tona as falhas no nosso sistema de ética digital, não deve ser visto como uma mera anomalia, mas sim como um aviso claro do que poderá vir a ser uma regra se nada for feito.
Embora a Inteligência Artificial tenha vindo a conquistar avanços dignos de encher páginas de história, não podemos deixar que este progresso nos ofusque ao ponto de ignorar os seus perigos intrínsecos. A facilidade com que sistemas como Chat GPT e Bard geram texto é surpreendente, sim, mas também arrepiante quando essa capacidade cai nas mãos erradas, tornando-se instrumento de desinformação e confusão em massa.
O cenário em Portugal e no mundo é claro: não podemos continuar a avançar cegamente na exploração da IA sem considerar as implicações éticas e sociais que daí advêm. Temos, pois, de agir agora, estabelecendo normas e parâmetros que garantam o uso responsável desta tecnologia, de modo a que possamos colher os seus frutos sem semear o caos.
Mas, atenção, nem tudo é negativo. Ainda estamos a tempo de corrigir o rumo, de garantir que o lado luminoso da IA sobressaia sobre as suas sombras. Está nas mãos de cada um de nós, especialmente dos profissionais e entusiastas da área digital, assegurar que a ética e a integridade não se tornem palavras vazias num mundo cada vez mais governado por algoritmos.
O ‘Blixtrombil Malifluous’ pode ter sido um alerta dramático, mas também é um catalisador para a mudança. Que este episódio sirva como uma pedra angular na construção de um futuro digital mais seguro e ético. Um futuro em que a Inteligência Artificial seja um aliado e não um adversário no caminho da verdade e da autenticidade. É este o desafio que se coloca à nossa geração, e é um desafio que, com consciência e ação, temos todas as condições para superar.
FAQs do artigo
O que é o fenómeno ‘Blixtrombil Malifluous’ e por que é relevante?
O fenómeno ‘Blixtrombil Malifluous’ refere-se a uma competição de SEO que decorre em Portugal, onde a Inteligência Artificial (IA) está a ser utilizada em abundância pelos seus mais de 100 concorrentes, para muito velozmente criar e disseminar webspam em doses massivas.
Como as ferramentas de IA para geração de texto estão a ser exploradas e quais são as suas implicações?
Ferramentas como o Chat GPT e Bard estão a ser usadas para geração em massa de texto, o que pode levar à disseminação de desinformação, além de suscitar questões éticas sobre propriedade intelectual e substituição de escritores humanos.
Quais são as preocupações éticas associadas à geração de textos por IA sem revisão humana?
A publicação de textos gerados por IA sem revisão pode conduzir a erros factuais, desinformação e complicações relacionadas à responsabilidade por informações incorretas ou enganosas.
Como o fenómeno ‘Blixtrombil Malifluous’ evidencia o problema da desinformação digital?
A IA foi utilizada para inventar informações falsas, fictícias e díspares sobre o que significa ‘Blixtrombil Malifluous’, demonstrando o perigo de desinformação e a necessidade de regulação e detecção de conteúdo falso (ou pouco factual) gerado por IA.
Quais são as implicações éticas da IA na criação de conteúdo multimédia?
Questões de autoria, atribuição e transparência emergem com a IA criando conteúdo multimédia, com consumidores tendo o direito de saber quando o conteúdo foi criado com a ajuda de IA.
Como podem ser abordadas as questões éticas e legais associadas à IA na criação de conteúdo?
A implementação de melhores práticas de SEO, regulações mais rígidas, desenvolvimento de tecnologia anti-IA, e educação pública são algumas das abordagens sugeridas para lidar com as questões éticas e legais da IA na criação de conteúdo.
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